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VOCÊ SABE O QUANTO O SEU BEBÊ É CAPAZ E COMO A ARTE PODE CONTRIBUIR COM SEU DESENVOLVIMENTO?

  • Por Raquel Ribeiro
  • 1 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura

É um fato que vemos os bebês de hoje de forma diferente de alguns anos atrás, parecem “mais espertos”, “mais antenados”, mas ainda se apresentam como um grande enigma para a maioria das mães/pais, cuidadoras/cuidadores ou educadores/educadoras. A pouca compreensão sobre o desenvolvimento do bebê pode limitar nossa capacidade de contribuir.

Segundo uma matéria recente da Revista Educação, “Até os anos 70 compreendíamos os bebês como sujeitos muito passivos, mas os estudos atuais mostram que eles chegam ao mundo com um equipamento muito completo para realizar ações neste mundo”, resume a professora Maria Carmem Barbosa, pesquisadora e docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e uma das maiores especialistas em educação de bebês no Brasil.

Saber que os bebês não são tão frágeis como se pensava também não significa estimulá-los de forma precoce tentando antecipar seu desenvolvimento, nem tão pouco deixá-los sem estímulos que possam favorecer seu crescimento saudável. É preciso respeitar cada etapa dando-lhes tempo para fortalecer seus aprendizados, mas também oferecer-lhes estímulos e desafios que os ajudem a estabelecer um vínculo com o mundo onde a exploração seja incentivada e gere o sentimento de segurança de forma crescente.

O QUE É POSSÍVEL FAZER NOS TRÊS PRIMEIROS ANOS DE VIDA?

Neste período, o cérebro do bebê está se formando. Para a neurociência, é quando são construídas as primeiras sinapses e para a psicologia do desenvolvimento, segundo Piaget, é quando ele está construindo seus primeiros esquemas. Ambas, de forma geral, estão falando da construção das aprendizagens e para as duas áreas do conhecimento, essa construção se dá na interação com o meio ambiente e pelas estimulações que este proporciona.

Então quer dizer que se o bebê cresce em um ambiente precário ou com pouca estimulação não vai se desenvolver?

Mesmo um ambiente muito precário ou com pouco estímulo, mas que garanta as condições mínimas de sobrevivência, oferece estímulos suficientes para que um bebê se desenvolva. Porém a amplitude de seu potencial não estará sendo acessada e o conjunto de habilidades que ele estará construindo para apoiar seu desenvolvimento ao longo da vida será, com certeza, menor. E não estamos falando de condições socioeconômicas, pois bebês que vivem em situações mais abastadas, mas que permanecem em seus berços por longos períodos de tempo sem estímulos ou lhes são permitidas poucas interações, se desenvolvem de forma mais rudimentar em relação a bebês que mesmo na pobreza têm estímulos de objetos cotidianos e lhes são permitidos diversos tipos de interações.

Segundo Tacyana Karla, mestre e doutora Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é nas interações com pessoas e com objetos que os bebês vão assimilando o conhecimento, ela dá um exemplo: “Quando um bebê manipula um objeto que a professora oferece, ele descobre se ele é leve ou pesado, percebe sua textura, a sonoridade – que pode lhe causar estranhamento ou alegria –, aprecia suas cores e formas e, por fim, dá uma finalidade ou um sentido de acordo com seus próprios interesses”.

COMO A ARTE PODE CONTRIBUIR?

As diferentes linguagens artísticas (Artes Visuais, Teatro, Dança e Música) estabelecem formas de interação e estímulos sem depender necessariamente da linguagem oral que o bebê ainda não domina. Por exemplo, mesmo sem ainda falar, um bebê é capaz de perceber as diferentes intensidades das cores e a diversidade de texturas; reage diferentemente quando é estimulado por diferentes “caretas” ou tons de voz; é capaz de acompanhar diferentes ritmos e velocidades numa brincadeira dançante; e fica mais calmo ou agitado de acordo com a música que está ouvindo.

Pensar em como a arte pode contribuir com o desenvolvimento do bebê significa compreender como cada uma destas linguagens, em sua essência, pode estimular uma interação da criança com o mundo de forma mais sensível, desafiadora e gratificante, ajudando-a a construir experiências significativas o suficiente para impactarem aprendizagens futuras.

Nos próximos textos vamos explorar cada uma delas em detalhes. Acompanhe-nos!

 
 
 

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