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O DESENVOLVIMENTO DO DESENHO INFANTIL: DO RABISCO À CASINHA.

  • Por Raquel Ribeiro
  • 25 de mar. de 2017
  • 3 min de leitura

A ARTE

Segundo Viktor Lowenfeld, “A Arte desempenha um papel potencialmente vital na educação das crianças. Desenhar, pintar ou construir constituem um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência, para formar um novo e significativo todo. No processo de selecionar, interpretar e reformar esses elementos, a criança proporciona mais do que um quadro ou uma escultura; proporciona parte de si própria: como pensa, como sente e como vê. Para ela, a arte é atividade dinâmica e unificadora.”

O DESENHO

Toda criança desenha. O desenho é para a criança uma linguagem como o gesto ou a fala. A criança desenha para falar e poder registrar sua fala, assim o desenho é o primeiro texto da criança. Desenhar é um ato inteligente, é um registro do pensamento. Assim como a fala, o jogo e a escrita, o desenho também comunica e expressa o pensamento.

Contudo, esta capacidade de representar e expressar o pensamento vai sendo construida ao longo dos primeiros anos de existência e segue se desenvolvendo ao longo da vida.

O DESENVOLVIMENTO

A divisão da produção infantil em fases ou estágios, é meramente didática, isto é, serve para nós pais, mães e educadores(as) e demais interessados, compreendermos a maneira de desenhar que são similares em todas as crianças em determinadas épocas de seu desenvolvimento.

Outro ponto importante é compreender que o desenvolvimento do desenho acompanha o desenvolvimento biológico, o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento emocional, apesar das diferenças individuais. Assim, descreverei algumas características das primeiras fases do desenho da criança.

Os primeiros traços da criança e que comumente chamamos de rabisco, no desenvolvimento do desenho infantil é chamado de "garatujas". Assim as garatujas também podem ser diferenciadas ao longo do desenvolvimento.

GARATUJA DESORDENADA

A criança não liga a mão ao olho. Ela apenas experimenta os materiais; é comum vê-la desenhar olhando para os lados e saindo do papel. O traço é fraco; o desafio é o movimento. Nesta fase, o desenho da criança não tem compromisso com a representação. Desenha apenas pelo prazer do movimento. É a conquista do controle da mão. A cor não é importante.

GARATUJA ORDENADA
Quando a mão já acompanha o olho, ou seja, quando a criança percebe que seu gesto produziu um traço, descobrindo a causalidade entre o movimento que a criança faz e o risco que deixa sobre o papel, coordenando sua atividade visual e motora. Seu traço fica mais forte, demonstrando um controle motor maior do material que segura com a mão. Ela ainda não tem intenção representativa.

ATRIBUIÇÃO DE NOME ÀS GARATUJAS

A criança está saindo da fase motora e está entrando no pensamento representativo. A linguagem motora está ligada à linguagem oral. A criança conta a história do desenho. Consegue fechar um círculo em seu desenho – o círculo primordial – dando início ao desenho representativo.

DESENHO PRÉ-ESQUEMÁTICO

Segundo Lowenfeld, na fase pré esquemática a criança cria conscientemente modelos que têm relações com o mundo à sua volta; os movimentos longitudinais e circulares que vêm da garatuja convertem-se em formas reconhecíveis, com semelhanças com a realidade. Os traços perdem sua relação com os movimentos corporais e passam a ser controlados pela imagem mental. Porém o objeto não está a sua frente, isto é, ela desenha o que sabe do objeto e não o que vê.

DESENHO ESQUEMÁTICO

A criança adquire o conceito de forma, desenha figuras criadas após muita experimentação.

Ela repetirá esse esquema até que tenha experiência particular que a influencie a mudar. Sua grande descoberta é a existência de um ordem definida nas relações espaciais e passa a desenhar utilizando uma linha de base que identifica como sendo o “chão”. Ela descobre afinidade entre cor e objeto.

BIBLIOGRAFIA

  • V Lowenfeld, W. L. Brittain , Ed. Mestre Jou, São Paulo 1977.

  • Arnheim, Rudolf , Ed. Pioneira, São Paulo 1980.

  • Bock, Ana M. Bahia , Ed Saraiva, São Paulo 1995.

  • Rubin, William , The Museum of Modern Art, New York 1980.


 
 
 

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